segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A POLÍTICA E A RELIGIÃO. A NOVA INQUISIÇÃO DO SÉCULO XXI.

POLÍTICA E RELIGIÃO. MAURICIO DIAS DA CARTA CAPITAL: OS "CARDEAIS" BERLAMINOS DO SÉCULO XXI.

A "SANTA INQUISIÇÃO" DA ICAR.


O CARDEAL, HOJE "SANTO BERLARMINO" , MANDOU GIORDANO BRUNO PARA A FOGUEIRA, NÃO ANTES SEM  MANDAR CORTAR SUA LÍNGUA, PARA QUE NÃO FALASSE A VERDADE, QUE A IGREJA ESCONDIA DE SEUS FIÉIS: A TERRA NÃO ERA O CENTRO DO UNIVERSO.

SILAS MALAFAIA, UM TELE EVANGELISTA DE HOJE,  UMA ESPÉCIE DE BERLAMINO DO SÉCULO XXI, SEM FOGUEIRA, QUE USA COMO MEIO DE LOCOMOÇÃO ESTE SINGELO BURRINHO AÍ ABAIXO...

JATO GULF STREAM III.

FOTOS IMAGENS E TEXTOS ANTERIORES, POR CONTA DESTE BLOG.

A POLÍTICA E A RELIGIÃO:

Por Mauricio Dias, na Carta Capital


As igrejas, sempre de costas para o futuro, continuam intolerantes às renovações. No tempo do domínio católico no Ocidente, os contestadores de falsas verdades eram atirados à fogueira, amaldiçoados pela Inquisição, que não dava trégua a supostas heresias.

 
Nos dias de hoje, impotentes para ditar condenações capitais, os inquisidores ordenam aos fiéis a punição de políticos que defendem propostas dissidentes à doutrina que pregam. O aborto e a defesa da homofobia são os exemplos mais gritantes. E irritantes. Em reação, eles promovem nas eleições a "queima" de votos dos hereges e, com isso, cerceiam a liberdade do eleitor e intimidam os candidatos.

 
Assim agem os pregadores das igrejas evangélicas. São os novos inquisidores.

Essa réplica tardia e infeliz do Tribunal de Inquisição materializou-se no Congresso, onde foi depor o ministro Gilberto Carvalho, na terça-feira 15 de fevereiro. Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, viu-se forçado a expiar publicamente "pecados" cometidos aos olhos da poderosa bancada evangélica, transformada em braço executivo de diversas igrejas religiosas.


"O pedido de desculpas, de perdão, não foi pelas minhas palavras, e sim pelos sentimentos que provocaram", disse o ministro.


Qual foi a heresia? Gilberto Carvalho, durante o Fórum Social Mundial, manifestou preocupação política com os evangélicos: "A oposição virou pó (…) a próxima batalha ideológica será com os conservadores evangélicos que têm uma visão de mundo controlada pelos pastores de televisão".


Carvalho é católico fervoroso, mas também é militante político. Petista. Em razão do cargo, não foi cauteloso, embora tenha falado ingênuas obviedades. Não pregou o cerceamento de qualquer manifestação religiosa. Mas foi o suficiente para despertar a ferocidade adormecida da Frente Parlamentar Evangélica, na qual se destaca o senador capixaba Magno Malta, que, entre outras ofensas, chamou o ministro de "irresponsável".


Um parlamentar ateu presente ao encontro fechado à imprensa descreve assim o ambiente naquele dia: "Os olhos dos senhores parlamentares disparavam chispas de fogo, ódio, raiva e intolerância diante daquele enviado do Maligno que se tornara ministro (…). O clima era pesado. Aquela reunião e a Inquisição têm tudo a ver. Tenho certeza que não exagero. O problema para eles era não poder acender a fogueira. Restavam-lhes as línguas de fogo, prontas a queimar o demônio pecador".


Serelepe, o deputado Anthony Garotinho, ex-governador do Rio e evangélico atuante, também se destacou na ocasião. Sem sucesso, tentou forçar o ministro a assinar um documento desmentindo as declarações publicadas, mas diferentes do que falou, garantiu Gilberto Carvalho. O inquisidor fez, pelo menos, uma declaração expressiva e inteiramente adequada ao ambiente criado.


"O perdão está para a Igreja assim como a anistia está para a política", comparou Garotinho.


Igreja e política. O desempenho de Garotinho aproximou ainda mais aquela reunião no Congresso do espírito obscurantista assumido pelos evangélicos. Nesse sentido, fazem uma repetição tardia do catolicismo primitivo.


Os votos dos evangélicos, arma que usam no processo político, talvez não sejam eleitoralmente decisivos. São muitos, é certo. O suficiente para acuar candidatos em busca de votos. Com eles acuaram Dilma e Serra, na eleição de 2010, e transformaram a competição em espetáculo para exibição de medíocres Torquemadas.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

PASTOR FLAMARION DISSE QUE EMAGRECERIA PESSOAS NO SOPRO, MAS O FISCO QUIZ EMAGRECER SUAS BURRAS!

ESTE É O PASTOR FLAMARION, O DA BIZARRICE DE EMAGRECER PESSOAS COM SOPRO NO OUVIDO. PORÉM O FISCO É QUE  QUIZ EMAGRECER SUAS BURRAS, RETIRANDO DELA O VIL METAL SONEGADO.

Pastor da dieta" foi denunciado pelo MPF por crimes tributários


O Pr. Flamarion Rolando não é famoso só pelos "milagres". Ele foi investigado em 2008 por crimes contra a Receita Federal. Acionado pelo órgão, o Ministério Público Federal (MPF) informou que acompanha desde o primeiro semestre deste ano, o pagamento do parcelamento de uma dívida do líder religioso com o Fisco. 


Na Igreja Templo dos Anjos, no bairro Barroca, na região Oeste de BH/MG, onde a oração do emagrecimento instantâneo também é colocada em prática, o pastor do templo Jerônimo Onofre da Silveira também já foi alvo de investigação. Em 2006, o Ministério Público denunciou Silveira pelos crimes de desvio e lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. 


De acordo com uma funcionária da igreja da capital, um pastor teria sido beneficiado pelo milagre. "O pastor Fernando emagreceu demais com a oração!", contou a secretária da igreja Isabella Taborda.

ACREDITE, SE E QUEM QUISER!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Receita apreende avião da Universal com grande soma de dinheiro .


O Citation X da igreja é semelhante a este



Fiscais da Receita Federal apreenderam nesta terça-feria (21) no aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas (SP), um avião tipo Citation X (foto) da Igreja Universal, da filial da Argentina, com um grande soma de dinheiro.

A Receita não revelou o montante nem o destino que o dinheiro em espécie teria, se estava saindo ou chegando ao Brasil. O avião vale US$ 20 milhões (R$ 34,2 milhões). A informação é de Sonia Racy, do Estado de S. Paulo. 

Até o final desta noite, os chefes da igreja não tinham se manifestado. A Receita também não forneceu detalhes da operação.

É a segunda vez que autoridades federais apreendem dinheiro da igreja de Edir Macedo em um aeroporto. A primeira foi n dia 11 de julho de 2005, em um hangar da TAM em Brasília. A Polícia Federal flagrou o bispo João Batista Ramos Silva, então deputado pelo PFL-SP, com cerca de R$ 10 milhões em dez malas.

Em 2009, o MP (Ministério Público) de São Paulo acusou a Universal de usar jatinhos da Alliance Jet, uma empresa controlada por pastores, para tirar ilegalmente dinheiro
do país.

DO BLOG DO PAULOPES

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

MALAFAIA PODE VIRAR RÉU POR HOMOFOBIA.

MALAFAIA NO ALTO DA FOTO.

DO BLOG DO MIRO

Malafaia pode virar réu por homofobia

Por Altamiro Borges

O jornalista Fernando Porfírio, do sítio Brasil 247, divulga hoje uma notícia que pode representar um breque na cruzada moralista e preconceituosa que tomou conta do país nos últimos dias. “O Ministério Público Federal quer que a Justiça obrigue o programa ‘Vitória em Cristo’, exibido pela Rede Bandeirantes, a se retratar dos comentários homofóbicos feitos pelo pastor Silas Malafaia”.


Em julho do ano passado, o raivoso pastor usou uma concessão pública de TV para destinar ódio. Ele pregou “baixar o porrete” e “entrar de pau” contra os integrantes da Parada Gay. Seu “sermão” gerou protestos imediatos e o protocolo de uma reclamação junto ao Ministério Público Federal (MPF) – o que motivou a abertura de inquérito civil para apurar o caso.

Discurso de ódio e liberdade de expressão

Ouvido pelo MPF, Silas Malafaia alegou que as gírias eram uma força de expressão. Mas a desculpa não convenceu o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias: “Mais do que expressar uma opinião, as palavras do réu em programa veiculado em rede nacional configuram um discurso de ódio, não condizente com as funções constitucionais da comunicação social”.

Para o procurador, as gírias utilizadas tiveram um nítido conteúdo homofóbico. “Ainda que sua crença não coadune com a prática homossexual, incitar a violência ou o desrespeito a homossexuais extrapola seus direitos de livre expressão”, argumentou.
 
 Daí o pedido encaminhado pelo MPF de que o “pastor” se retrate dos seus comentários homofóbicos diante de seus telespectadores.

Ação atinge a TV Bandeirantes

Silas Malafaia é um notório reacionário. Explora a telinha para fazer suas pregações moralistas e direitistas, seguindo os lucrativos passos de tele-evangelistas dos EUA. Na campanha eleitoral de 2010, ele abusou dos preconceitos para defender a candidatura do tucano José Serra. Ele também radicaliza o discurso, usando suas gírias, para aumentar “sua bancada” no Congresso Nacional.

De acordo com o pedido do MPF, a retratação deverá ter, no mínimo, o dobro do tempo usado nos comentários preconceituosos.
 
 A ação também é movida contra a TV Bandeirantes. “A emissora é uma concessionária do serviço público federal de radiodifusão e deve compatibilizar sua atuação com preceitos fundamentais como o direito à honra e à não discriminação”, justifica o MPF.

Tranco na onda moralista e preconceituosa

A solicitação do Ministério Público Federal representa um tranco na recente onda conservadora na sociedade. Nos últimos dias, setores das igrejas católica e evangélica têm erguido a voz para impor suas visões moralistas e preconceituosas. Esquecendo-se que o Brasil é um país laico, tentam agendar a política – com discursos furiosos contra o rotulado “kit gay” e o direito ao aborto.

Nesta campanha reacionária, bispos e pastores já escolheram seus alvos: os ministros Gilberto Carvalho e Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, e o ex-ministro Fernando Haddad.
 
 Eles contam ainda com o apoio de alguns deputados – seguidores enrustidos de Jair Bolsonaro. O MPF também devia ficar atento às suas posições homofóbicas e preconceituosas.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO É ABANDONADA E ESQUECIDA PELOS QUE MANDAM NA IGREJA: A EXTREMA DIREITA.


Um dos expoentes da Teologia da Libertação, o ex-frei Leonardo Boff foi duas vezes punido por suas idéias.

 
A Teologia da Libertação completa em 2011 40 anos num completo processo de esquecimento pela igreja Católica. Criada a partir das mudanças introduzidas pelo Concílio Vaticano II, de 1962, essa proposta teológica incorporou algumas categorias do marxismo e possibilitou o surgimento de Comunidades Eclesiais de Bases (CEBs), a opção preferencial pelos pobres e um debate que incendiou católicos no mundo todo. Culminou com a proibição dela pelo cardeal Joseph Ratzinger, o hoje papa Bento XVI, que era prefeito da Sagrada Congregação Para a Doutrina da Fé (ex-Santo Ofício) no pontificado de João Paulo II.

Um dos principais teólogos dessa vertente católica, o ex-frei brasileiro Leonardo Boff foi duas vezes punidos por Ratzinger com o “silêncio obsequioso” e ficou mais de dois anos sem poder dar entrevistas, fazer palestras ou publicar livros sobre Teologia da Libertação. Acuado, Boff deixou a batina e hoje está mais ligado a causas do meio ambiente. É de Leonardo Boff o livro “Igreja, Carisma e Poder” que deixou João Paulo II e o cardeal Ratzinger de batina em pé e deu início ao processo de renovação do episcopado brasileiro empreendido durante João Paulo e aprofundado agora.

Em Manaus, a Teologia da Libertação teve fôlego nos anos 80 a partir de seu epicentro no Centro de Estudos do Comportamento Humano (Cenesch), escola de nível superior mantida pela igreja Católica e que tinha um curso de Teologia e outro de Filosofia. Neste último, tanto Leonardo quanto o irmão dele, Clodóvis Boff, faziam parte do quadro de docentes.

A partir da ação do clero progressista ligado, a TL entrou nas pastorais sociais de Manaus e ai fez várias pequenas “revoluções”. A Pastoral Indigenista gestou o movimento pela demarcação das Terras Indígenas e na visita de João Paulo II ao Amazonas uma liderança indígena fez o discurso de recepção no Arcebispado.

A Pastoral Operária também estava eivada de conceitos da Teologia da Libertação. Ela foi particularmente importante e freqüente nas grandes greves dos anos 80 no Distrito Industrial, quando as condições de trabalho e o arrocho dos salários eram denunciados nacionalmente em movimentos que fechavam a então bola da Suframa.

Nenhuma pastoral ligada a TL foi tão ativa quanto a Pastoral da Terra. Religiosos como o padre Albano e a irmã Helena pregavam a necessidade do povo se organizar para ter acesso a terra e aí eles foram fortes nos processos de invasões que culminaram com a formação da maioria dos bairros de Manaus.

Protagonismo

A principal característica da Teologia da Libertação é considerar o pobre, não como um objeto de caridade, mas como sujeito de sua própria história e libertação. Por esssa razão, os teólogos dessa vertente propõem uma pastoral alicerçada nas comunidades eclesiais de base, nos movimentos sociais.




sábado, 18 de fevereiro de 2012

EX PASTOR DESAFIA OS CRISTÃO SOBRE A PÁSCOA.

EX PASTOR DAN BARKER.

NÃO  DEIXE NENHUMA  PEDRA DESVIRADA UM DESAFIO DE
PÁSCOA PARA OS CRISTÃOS

     desafio de páscoa para os Cristãos.

Meu desafio é simplesmente esse: diga-me o que aconteceu na Páscoa. Não estou
pedindo provas. Meu pedido franco é meramente que os Cristãos digam-me
exatamente o que aconteceu no dia em que a doutrina mais importante para eles
nasceu.
   Os Crentes devem ansiosamente aceitar este desafio, já que sem ressurreição,
não há Cristianismo.

 Paulo escreveu, "E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não são ressuscitados." (1º Coríntios
15:14-15)
As condições do desafio são simples e justas. Em cada um dos quatro
Evangelhos, comece na manhã de Páscoa e leia até o fim do livro: Mateus 28,
Marcos 16, Lucas 24 e João 20-21. Leia também Atos 1:3-12 e a pequena versão de
Paulo da história em 1º Coríntios 15:3-8. Estes 165 versos podem ser lidos em
alguns momentos.

    Então, sem omitir nenhum detalhe destes depoimentos separados,
escreva uma narrativa simples e cronológica dos eventos entre a ressurreição e a
ascensão: o que aconteceu por primeiro, por segundo, e assim por diante; quem
disse o que, e onde estas coisas aconteceram.

   Já que os Evangelhos nem sempre dão as horas exatas do dia, é permitido dar
chutes educados. A narrativa não precisa tentar apresentar um quadro
perfeito--ela apenas precisa dar ao menos um relato plausível de todos os fatos.
Explicações adicionais da narrativa podem ser postos em parênteses.

    A condição mais importante para o desafio, porém, é que nenhum detalhe bíblico
seja omitido.


    Justo o suficiente?

Eu mesmo tentei este desafio. Eu falhei. Um ministro da Assembléia de Deus
com o qual eu estava debatendo alguns anos atrás em um show de rádio da Flórida
proclamou sonoramente no ar que ele iria me mandar uma narrativa em alguns dias.
Eu estou ainda esperando.

    Depois do meu debate na Universidade de Wisconsin,
"Jesus de Nazaré: Messias ou Mito", um estudante graduado Luterano me disse que
aceitava o desafio e estaria me contatando em cerca de uma semana. Eu não recebi
nada dele. 

   Ambas estas pessoas, e outras, aceitaram que o pedido era justo e
crítico. Talvez eles leiam devagar.
Muitas estórias bíblicas são relatadas apenas uma ou duas vezes, e por isso
são difíceis de confirmar.

   O autor de Mateus, por exemplo, foi o único a
mencionar que na crucificação pessoas mortas emergiram dos túmulos de Jerusalém,
caminhando por aí se mostrando para os outros--um evento fantástico que
dificilmente poderia escapar dos relatos do outros escritores dos Evangelhos, e
outros historiadores do período.

   Mas mesmo que o silêncio dos outros possa
enfraquecer a veracidade da estória, não a desmente. A refutação vem com
contradições.
Thomas Paine atacou este assunto duzentos anos atrás em A Idade da
 controvérsia, sobre dezenas de discrepâncias do Novo Testamento:

"Eu deixo isto em uma posição que não pode ser controvertida," ele
escreveu, "primeiro, que a concordância entre todas as partes da história não prova que a estória é verdadeira, por que as partes podem concordar e o conjunto pode ser falso; segundo, que a não-concordância das partes da estória prova que o conjunto não pode ser verdadeiro."

Já que a Páscoa é contada por cinco escritores diferentes, isto dá uma das melhores chances para confirmar ou refutar o relato. Os Cristãos devem ficar felizes com a oportunidade.
Um dos primeiros problemas que achei está em Mateus 28:2, depois que duas mulheres chegam na sepultura: "E eis que houvera um grande terremoto; pois um anjo do Senhor descera do céu e, chegando-se, removera a pedra e estava sentado sobre ela.

" (Vamos ignorar o fato que nenhum outro escritor mencionou este "grande terremoto.") Esta estória diz que a pedra foi removida depois que as mulheres chegaram, na presença delas.
Já o Evangelho de Marcos diz que isto aconteceu antes da chegada das mulheres: "E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro? Mas, levantando os olhos, notaram que a pedra, que era muito grande, já estava revolvida."
Lucas escreve: "E acharam a pedra revolvida do sepulcro." João concorda. Sem terremoto, sem pedra rolando. É três votos contra um: Mateus perde. (Ou então os outros três estão errados.) O evento não pode ter acontecido antes e depois que elas chegaram.
Alguns defensores da bíblia afirmam que Mateus 28:2 foi planejado para ser entendido no passado perfeito, mostrando o que aconteceu antes que as mulheres chegassem. Mas todas a passagem está no tempo aorístico (passado), e ele é, em contesto, como um simples relato cronológico. Mateus 28:2 começa,"E eis que houvera" e não "E houve".

Se este verso pode ser embaralhado tão facilmente, então o que nos impede de botar a enchente antes da arca, ou a crucificação antes da natividade?
Outro problema berrante é o fato que em Mateus a primeira aparição de Jesus pós-ressurreição para os discípulos aconteceu em uma montanha na Galiléia (não em Jerusalém, como a maioria dos Cristãos acredita), como predito pelo anjo sentado na pedra recém-movida: "e ide depressa, e dizei aos seus discípulos que ressurgiu dos mortos; e eis que vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis.

" Isto deve ter sido de suprema importância, já que esta era a mensagem de Deus através do(s) anjo(s) na sepultura. Jesus até predisse isto seis horas antes, durante a Última Ceia (Mateus 26:32)
Depois de receber esta mensagem angelical, "Partiram, pois, os onze discípulos para a Galiléia, para o monte onde Jesus lhes designara.

Quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram." (Mateus 28:16-17) Lendo isto literalmente, e em contexto, é claro que Mateus intente que esta seja a primeira aparição. Se Jesus tivesse sido visto antes disso, porque alguns duvidariam?
Marcos concorda com o relato de Mateus sobre a mensagem dos anjos sobre Galiléia, mas conta uma estória diferente sobre a primeira aparição.

Lucas e João relatam mensagens diferentes dos anjos e então contradizem radicalmente Mateus. Lucas mostra a primeira aparição na estrada para Emaús e então em uma sala em Jerusalém. João diz que isto aconteceu mais tarde, naquela noite em uma sala, menos Tomé.

Estas mensagens angelicais, localizações e viagens durante o dia são impossíveis de reconciliar.
Os crentes algumas vezes usam a analogia de cinco homens cegos examinando um elefante, todos vindo com uma definição diferente: tronco de uma árvore (perna), corda (cauda), mangueira (tromba), muro (lado) e pano (orelha).

 Pessoas que usam este argumento esquecem que cada um dos homens cegos estava errado: um elefante não é uma corda ou uma árvore. Você pode por as cinco partes juntas e chegar a um agregado não-contraditório do animal inteiro. Isto não foi feito com a ressurreição.
Outra analogia usada algumas vezes pelos defensores da fé é comparar as contradições da ressurreição com relatos de testemunhas de um acidente de carro. Se uma testemunha disse que o veículo era verde e a outra disse que era azul, isto pode ser explicado por ângulos diferentes, luminosidade, percepção, ou outras definições. A coisa importante, eles afirmam, é que eles concordam no básico da estória--houve um acidente, houve uma ressurreição.
Não sou um fundamentalista literal. Não estou querendo que os evangélicos tenham sido testemunhas infalíveis. (De qualquer maneira, nenhum deles afirma ter estado no sepulcro.) Mas e se uma pessoa disser que o acidente aconteceu em Chicago e a outra disse que aconteceu em Milwalkee? Ao menos uma dessas testemunhas tem sérios problemas com a verdade.
Lucas diz que a aparição pós-ressurreição aconteceu em Jerusalém, mas Mateus diz que ela aconteceu na Galiléia, entre sessenta e cem milhas de distância! Será que eles poderiam ter viajado 150 milhas naquele dia, a pé, marchando até Galiléia para a primeira aparição e depois voltar a Jerusalém para a janta?

Não há menção de cavalos, mas doze puros-sangues bem tratados correndo a uma velocidade perigosa, a mesma que o corvo voa, iriam precisar de cerca de cinco horas para a viagem, sem descansar. E durante este cenário excêntrico, poderia Jesus ter achado tempo para um passeio para Emaús, aceitando, "perto da noite" um convite para jantar? Tem alguma coisa está errada aqui.
Este é apenas a ponta do iceberg. Claro, nenhuma destas contradições prova que a ressurreição não aconteceu, mas elas criam uma dúvida considerável na confiabilidade das supostas testemunhas. Algumas delas estavam erradas. Talvez todas elas estivessem erradas.
Este desafio poderia ser mais difícil. Eu poderia pedir porque relatos de seres sobrenaturais, desaparecendo e materializando-se do nada, defuntos mortos há muito tempo voltando à vida e pessoas levitando devem ser considerados seriamente. Thomas Paine foi um dos primeiros a apontar que afirmações excessivas requerem provas excessivas.
Protestantes e Católicos não parecem ter problemas em aplicar um ceticismo saudável sobre os milagres do Islã, ou à visita "histórica" entre Joseph Smith e o anjo Moroni.

 Por que os Cristãos devem tratar suas afirmações exorbitantes de modo diferente? Por que alguém que não estava lá é mais ávido em acreditar do que Tomé, que viveu durante aquele tempo, ou os outros discípulos que disseram que as notícias das mulheres sobre o sepulcro "pareceram-lhes como um delírio as palavras das mulheres e não lhes deram crédito." (Lucas 24:11)?
Paine também mostra que tudo na bíblia são rumores. Por exemplo, a mensagem no sepulcro (se é que realmente aconteceu) tomou este caminho, no mínimo, antes de chegar aos seus olhos: Deus, anjo(s), Maria, discípulos, autores dos Evangelhos, transcritores, tradutores. (Os Evangelhos são todos anônimos e nós não temos versões originais.)
Mas as primeiras coisas antes: Cristãos, ou vocês me dizem exatamente o que aconteceu no Domingo de Páscoa, ou vamos apenas deixar o mito de Jesus enterrado perto de Eastre (Ishtar, Astarte), a Deusa da Primavera pagã através da qual o seu dia-santo foi nomeado.
***
Aqui estão algumas das discrepâncias sobre os relatos da ressurreição:
A que horas as mulheres visitaram o sepulcro?
  • Mateus: "quando já despontava o primeiro dia da semana" (28:1)
  • Marcos: "ao levantar do sol" (16:2)
  • Lucas: "bem de madrugada" (24:1)
  • João: "sendo ainda escuro" (20:1)
Quem eram as mulheres?
  • Mateus: Maria Madalena e a outra Maria (28:1)
  • Marcos: Maria Madalena, Maria a mãe de Tiago, e Salomé (16:1)
  • Lucas: Maria Madalena, e Joana, e Maria mãe de Tiago; também as outras. (24:10)
  • João: Maria Madalena (20:1)
Qual era seu propósito?
  • Mateus: Ver o sepulcro (28:1)
  • Marcos: Já tinham visto o sepulcro (15:47), trouxeram especiarias (16:1)
  • Lucas: Já tinham visto o sepulcro (23:55), trouxeram especiarias (24:1)
  • João: O corpo já tinha sido tratado antes delas chegar. (19:39,40)
O sepulcro estava aberto quando chegaram?
  • Mateus: Não (28:2)
  • Marcos: Sim (16:4)
  • Lucas: Sim (24:2)
  • João: Sim (20:1)
Quem estava no sepulcro quando chegaram?
  • Mateus: Um anjo (28:2-7)
  • Marcos: Um homem jovem (16:5)
  • Lucas: Dois homens (24:4)
  • João: Dois anjos (20:12)
Onde esses mensageiros estavam?
  • Mateus: Anjo sentado na pedra (28:2)
  • Marcos: Homem jovem sentado dentro, na direita (16:5)
  • Lucas: Dois homens de pé, dentro (24:4)
  • João: Dois anjos sentando em cada canto da cama (20:12)
O que o(s) mensageiro(s) disse(ram)?
  • Mateus: "Não temais vós; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Não está aqui, porque ressurgiu, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia; e ide depressa, e dizei aos seus discípulos que ressurgiu dos mortos; e eis que vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. Eis que vo-lo tenho dito." (28:5-7)
  • Marcos: "Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o nazareno, que foi crucificado; ele ressurgiu; não está aqui; eis o lugar onde o puseram. Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse." (16:6-7)
  • Lucas: "Por que buscais entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui, mas ressurgiu. Lembrai-vos de como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Importa que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressurja." (24:5-7)
  • João: "Mulher, por que choras?" (20:13)
As mulheres contaram o que aconteceu?
  • Mateus: Sim (28:8)
  • Marcos: Não. "e não disseram nada a ninguém, porque temiam." (16:8)
  • Lucas: Sim. "anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais." (24:9,22-24)
  • João: Sim (20:18)
Quando Maria retornou do sepulcro, ela sabia que Jesus tinha ressuscitado?
  • Mateus: Sim (28:7-8)
  • Marcos: Sim (16:10,11)
  • Lucas: Sim (24:6-9,23)
  • João: Não (20:2)
Quando Maria viu Jesus pela primeira vez?
  • Mateus: Antes que ela retornasse aos discípulos (28:9)
  • Marcos: Antes dela retornar aos discípulos (16:9,10)
  • João: Depois dela retornar aos discípulos (20:2,14)
Jesus podia ser tocado depois da ressurreição?
  • Mateus: Sim (28:9)
  • João: Não (20:17), Sim (20:27)
Depois das mulheres, para quem Jesus apareceu primeiro?
  • Mateus: Onde discípulos (28:16)
  • Marcos: Dois discípulos no campo, depois para os onze (16:12,14)
  • Lucas: Dos discípulos em Emaús, depois para os onze (24:13,36)
  • João: Dez discípulos (Judas e Tomé estavam ausentes) (20:19,24)
  • Paulo: Primeiro a Cefas (Pedro), depois aos onze. (Onze? Judas estava morto). (1º Corintios 15:5)
Onde Jesus apareceu primeiro para os discípulos?
  • Mateus: Em uma montanha na Galiléia (a 60-100 milhas de distância) (28:16-17)
  • Marcos: Para dois no campo, para os onze ?reclinados à mesa? (16:12,14)
  • Lucas: Em Emaús (a cerca de sete milhas) à noite, para o resto em uma sala em Jerusalém mais tarde nessa noite. (24:31,36)
  • João: Em uma sala, à noite (20:19)
Os discípulos acreditaram nos dois homens?
  • Marcos: Não (16:13)
  • Lucas: Sim (24-34--é o grupo falando aqui, não os dois)
O que aconteceu na aparição?
  • Mateus: Discípulos rezam, alguns duvidam, disse "Vão pregar." (28:17-20)
  • Marcos: Jesus os repreendeu, disse "Vão pregar." (16:14-19)
  • Lucas: Cristo incógnito, desaparecimento, materializou-se do nada, reprimenda, janta (24:13-51)
  • João: Passed through solid door, disciples happy, Jesus blesses them, no reprimand (21:19-23)
Jesus ficou por um tempo na Terra?
  • Marcos: Não (16:19) Comparar 16:14 com João 20:19 para mostrar que tudo foi feito no Domingo
  • Lucas: Não (24:50-52) Tudo aconteceu no Domingo
  • João: Sim, ao menos oito dias (20:26, 21:1-22)
  • Atos: Sim, ao menos quarenta dias (1:3)
Onde aconteceu a ascensão?
  • Mateus: Sem ascensão. O livro termina na montanha na Galiléia
  • Marcos: Em ou perto de Jerusalém, depois da janta (16:19)
  • Lucas: Em Betânia, bem perto de Jerusalém, depois da janta (24:50-51)
  • João: Sem ascensão
  • Paulo: Sem ascensão
  • Atos: Ascendeu do Monte das Oliveiras (1:9-12)